Publicação independente

Um dia eu acordei e virei autora. Ou será que sempre fui?

Que muita gente escreve e tem projetos engavetados não tenho dúvidas. Mas ainda me pergunto se eu posso dizer, “não mas eu sou autora!” — (leia na voz de Maísa falando cantora).

A verdade é que a insegurança da primeira (segunda, terceira e milésima) publicação não diminui com o tempo. Digo por mim, e talvez por boa parcela de autoras, que queremos que a nossa história chegue a alguém. E que esse alguém pense: caramba, tocou diferente esse aqui, me marcou. Afinal, é que nos sentimos na pele de leitores.

Essa semana “Psiu!”, meu primeiro romance publicado, chegou em segundo lugar dos produtos em alta no Kindle! Confesso que ainda não caiu a ficha. Não só isso, como recebi mensagens carinhosas de quem estava lendo. Isso sempre me emociona. Ouvi de número de pessoas que foi “a leitura favorita do mês”.

Quando decidi escrever eu sentei e escrevi. Passei por momentos de querer desistir? Sim, sempre. Mas me forcei a terminar os contos a que me propus. E basta só isso pra publicar? Claro que não. 😩 

Aqui eu vou compartilhar um pouquinho do processo de publicação independente — já que nenhuma editora tradicional me notou ainda hehe.

> Escrita: em outra oportunidade eu conto mais sobre o meu processo, mas esse é, obviamente o primeiro passo, escrever sua obra e tudo relacionado a ela (personagens, plot, título, sinopse — que é por si só um sofrimento — vai prólogo? Epílogo?)

> Preparação/revisão: o ideal é ter sempre os dois serviços, mas claro que isso para um autor independente com um orçamento apertado raramente rola. Trabalho com preparação, revisão e leitura sensível e sei da importância do serviço das duas perspectivas, como cliente e como profissional.

E aqui preciso fazer um subtópico: a preparação inclui também uma avaliação crítica da obra, ajuda a ter uma noção melhor da construção da sua história e dos seus personagens, com sugestões de edição/inclusão. Já a revisão concentra mais em gramática. A leitura sensível normalmente está inclusa na preparação, que é ficar atento a possíveis questões que podem ser polêmicas.

> Diagramação: nessa etapa, o profissional vai formatar o seu livro para publicação de e-book ou físico (se for o caso). São formatações completamente diferentes. Gosto de comparar com uma organização da casinha, porque organiza os capítulos, coloca umas firulas pra deixar o seu livro personalizado e inclui os detalhes que a gente (eu sempre) esquece de que precisa: ficha técnica, sobre autor, QR code pra playlist, se houver, aviso antipirataria etc.

> Capa: a capa pode ser uma delícia de pesquisar referências ou um pesadelo se você tem questões com escolher e descrever o que você quer. Tem inúmeras maneiras de fazer uma capa. Se você arrisca no Canva ou no Photoshop, desenha ou tem capista (e tem muitos perfis que fazem capas no precinho). Apesar de existir a famosa frase “não julgue um livro pela capa”, é o primeiro contato que o leitor tem com a sua obra e, mal ou bem, a gente julga um cadinho, sim.

> Registro: registrem seus livros!! Você precisa de um ISBN para publicar nas plataformas tipo Kindle. É de extrema importância para casos de plágio.

> Perfil na plataforma de publicação: esse é mole, entender as particularidades de cada uma é que pode ser mais chatinho. Por exemplo, a Amazon se propõe a publicar o seu livro em 72h — então você cria todo um planejamento pra uma data, até para divulgação, mas eles podem colocar o arquivo no ar em 2h ou em 3 dias. :’) Para “Psiu!”, eu preferi garantir a publicação na data e coloquei o livro em pré-venda, mas isso também mexe com o ranking. Ou seja, “quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

> Divulgação: bem, essa é a parte que me dói. Temos pessoas incríveis que fazem parceria e divulgam sua obra (diário de leitura, resenha, reels etc), tem tráfego pago das plataformas. Você pode criar uma identidade visual pra sua obra, como eu fiz, e criar posts a partir dela. Importante lembrar que a divulgação acontece antes/em paralelo a todo o processo listado acima e se estende por meses depois da publicação. Tem inúmeras formas de fazer, pegue referências, se inspire e, mais importante: se organize!

Converse com autores independentes, troque ideias, peça ajuda. É importante achar aliados que te ajudem. Algumas amigas autoras e eu nos juntamos para criar um perfil e oferecer justamente esse apoio a autores independentes: @wonderland_editorial.

Se quiser saber mais sobre serviços de revisão, tradução, leitura sensível e preparação, pode me mandar um e-mail também: [email protected]

Mudando de assunto:

O show da loirinha está chegando, e eu estou animadíssima!! Já estou vendo a roupa, os óculos e o batom vermelhos e acompanhando cada migalha da fanfic que ela tem nos fornecido com o tal bonitão do Kelce Travis, Travis Kelce??? (ele é só o Ken).

Recomendações da vez:

Bem, eu até li um outro suspense depois de “Todas as Pessoas Boas Daqui”, mas acho que não vai existir outro livro depois dele. 😔 

Então vou falar do que li antes dele:

Eu simplesmente devorei o livro, foi uma delícia. Conta a história de uma mulher que é atriz de filmes adultos (*cof cof*) e é escalada para fazer um filme de Natal. O protagonista é um ex-membro de banda quando mais novo e está tentando reconstruir sua reputação. É engraçado, cheio de representatividade e incrivelmente rápido de ler. Quem estiver preso na ressaca literária, esse é uma ótima pedida! (Obrigada, Sofia <3)

Se piscar, vira novembro e eu tenho que montar árvore de Natal. Pode ser que eu esteja tramando algo atrás das cortinas. Em breve, volto com novidades!

Se ainda não leu minhas histórias, elas estão disponíveis no Kindle Unlimited ou pela Amazon — não precisa ter Kindle, é só baixar o aplicativo no celular e criar uma conta na Amazon.

Psiu!

Então É Natale

Com Açúcar em Cima

Notas de Natal

Jingle Bell Hóquei