Cabeça de quem escreve é uma desgraça

e acha uma história em cada esquina

Fundo azul e bordas roxas. Uma ilustração linda feita pela Kah Design baseada em uma foto pessoal. Rosto de pele clara, cabelos castanhos avermelhados, um lápis na mão e um casaco branco com a logo da série Friends na frente. Ao lado, um título escrito Newsletter.
Sabe quando os divertidamentes começam uma reunião descabida na cabeça no meio do dia?
Pois bem. É assim que funciona, mais ou menos, a minha cabeça quando está no modo criativo de escrita. A gente passa por alguém passeando com cachorro e já imagina um outro “serumaninho” pisando no cocô que a dona não viu que deixou no chão. Dali pra um enemies to lovers é um pulo!
Isso acontece com livros também. Você lê uma história e começa a confabular como seria um final alternativo ou como aquele personagem secundário querido ficou — mais conhecido também como: fanfic.
Ainda não debutei um livro que tenha continuação, nem mesmo os meus contos funcionam dessa forma, apesar de se cruzarem. No entanto, na calada da noite, confesso que muitas vezes me pergunto o que aconteceu com aqueles queridos depois dos seus devidos “felizes para sempre”. Afinal, quem não quer um spoiler feliz daquele casal carismático, grisalho, tomando um chá na cadeira de balanço enquanto vê a nova geração correr pelo quintal?
Há muitas fontes criativas para se criar uma história. Pode ser uma bênção ou pode te desgraçar a cabeça. Afinal de contas, se a os divertidamente estiverem sem um foco, vão surgir 87 ideias e nenhuma vai ter conclusão.
Eu vi a trend das autoras gringas postando suas obras inacapadas, os projetos engavetados e pensei nos meus. Bem, “Psiu” sequer era meu terceiro rascunho. Ele surgiu de um impulso e eu segui com ele. Montei um esqueleto rápido e, mesmo fazendo dezenas de alterações ao longo da história (isso porque os personagens têm vida própria e vão contando seus próprios cursos e ignorando o que eu planejei), eu sabia exatamente as cenas-chave que eu queria que acontecessem.
ALERTA SPOILER (mas se você não leu ainda, aproveita os últimos dias do livro com valor promocional): Por exemplo, a cena deles conversando no pátio da casa dos pais do Simon sempre existiu, antes mesmo de eu saber como eles iriam se encontrar.
Esta semana, voltando do meu exercício físico (eu culpo a endorfina, que só resta uns dois minutos pós-funcional), pensei em umas três histórias distintas diferentes. Isso porque eu tenho pelo menos dois rascunhos totalmente jogados de escanteio e que provavelmente não verão a luz do dia.
Também acredito que faça parte começar uma história e ela não fluir. Às vezes é melhor deixar que ela respire antes de voltar àqueles personagens. Eu ouvi uma vez que a gente não é criativo se não tiver um tempo de ócio. A frase ficou tanto comigo que me obrigo a ter alguns momentos de fazer nada só para sentir que estou esvaziando a panela de pressão antes de voltar a cozinhar o enredo. E talvez aquele livro não fique bom mesmo. Daí você abre o Word e começa outro do zero — alguma hora sai. Afinal, escrever também é um hábito. A gente desiste de uma história, mas nunca da escrita!
Aos cariocas e carioca lovers:
Ontem ocorreu um episódio violento na cidade e ainda há risco de retaliações ao longo da semana. Ouvi histórias difíceis de pessoas próximas e estou torcendo para que as coisas se acalmem em breve e não faça vítimas.
Protejam-se, fiquem atentos e se informem. 🙏 
Recomendações da vez:
Ainda não encontrei um suspense como o primeiro que recomendei (Todas as Pessoas Boas Daqui), mas ouvi “Bright Young Women”. Foi devastador e doloroso. Mesmo ficcionalizado, os crimes — seja ele físico ou verbal, invisibilizando ou expondo — continuam reverberando na época em que se passa o livro quanto hoje.
A quem curte um dark romance: li “The Priest” — e acho que não preciso dar mais detalhe do que o título. Alerta muitos gatilhos.
Pra quem está atrás de uma comédia romântica: Lauren Blakely tá sempre me tirando de ressaca literária com livros levinhos. Boa parte deles está disponível no Kindle Unlimited! Vou começar “Iris Kelly Doesn’t Date”, que faz parte da trilogia “Bright Falls” (Delilah Green Não Está Nem Aí - Ashley Herring Blake), que também tem uma escrita gostosinha.
Semana que vem já é novembro e os sininhos de Natal vão começar a badalar! Como prometido, aqui vocês leem primeiro: vou publicar “Enfim, Dezembro” como unidade única e incluir uma cena extra de “Notas de Natal”! A partir do mês que vem eu começo a dar mais detalhes. Iiiihuu!
Se ainda não leu minhas histórias, elas estão disponíveis no Kindle Unlimited ou pela Amazon — não precisa ter Kindle, é só baixar o aplicativo no celular e criar uma conta na Amazon.